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Hall Paxis

Integrada na rede nacional Hall, esta imobiliária atua em todo o distrito de Beja.

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“Do Mosto à Palavra” é “oportunidade” para novos escritores

 

Maria Helena Palma é a diretora da agência imobiliária Hall Paxis. Dedicou parte da sua vida à banca e agora gere uma das agências imobiliárias mais bem sucedidas da cidade. O amor pela literatura e o gosto pela escrita sempre estiveram presentes na sua vida mas, como a própria confessa, também foi sempre um amor relegado para um segundo plano das prioridades de uma mulher bem sucedida nos negócios. Agora que as circunstâncias o permitem, Maria Helena Palma decidiu desafiar-se uma vez mais, oferecendo a oportunidade para que novos talentos possam surgir na área da prosa e da poesia. É sua a vontade inicial de lançar um evento literário e, como sempre, soube identificar e estimular os parceiros certos para mais uma aventura. Juntamente com a Chiado Editora e o Monte Novo e Figueirinha, faz acontecer, já no próximo dia 27 de maio, a primeira edição do prémio literário “Do Mosto à Palavra”. Um dia de grande significado para Maria Helena Palma que, desta forma, vê concretizado mais um grande sonho. E a vida é de quem passa das palavras aos actos, dizemos nós...

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Como surgiu a ideia de promover um prémio literário como este “Do Mosto à Palavra”?

O facto de o evento “Do Mosto à Palavra” ter culminado num prémio literário, surgiu num “brainstorming” entre os representantes das três empresas promotoras. Enquanto debatíamos tanto o enquadramento do evento, como o alinhamento do mesmo, a Chiado Editora avançou com a ideia do prémio literário. Aquilo que de início seria apenas um convívio em torno da palavra escrita e falada e do vinho, assumiu uma forma muito mais desafiante e participativa. Existem imensas pessoas apaixonadas pela escrita, mas a quem não é dada a oportunidade de apresentarem os seus trabalhos, e que têm dificuldade em os editar. O facto de o evento ter como base um prémio literário – esta será a primeira edição -, e ser um evento aberto a toda a comunidade, vem criar a oportunidade de realização de um sonho, quiçá “adormecido”, transversal a muitos autores.

É uma excelente associação esta, entre o mundo vitivinícola e a palavra escrita…

A associação não podia ser melhor, pois ambos encerram em si qualidade e personalidade. Ambos têm o tempo de “fermentação” certo para que a “obra” seja prima.

A Maria Helena Palma é a grande impulsionadora deste projeto. Presumo que esta ideia esteja muito relacionada com o facto de você ser também uma escritora e grande apreciadora da palavra escrita. Concorda?

Sim concordo. Escrevo desde muito nova, apesar de em determinadas alturas da vida, ter relegado a escrita para segundo plano, pois existiam outras prioridades. Sempre brinquei com as palavras em “escritos” que oferecia àqueles que me eram próximos, não tendo nunca levado muito a sério essa minha faceta. Com o passar dos anos, a nossa vida vai sofrendo alterações, vamo-nos estruturando emocional e psicologicamente de forma diferente, e o facto de transpormos para o papel as nossas emoções, os nossos olhares sobre a vida, o fantasiar em torno de personagens, enriquece-nos o pensamento e a criatividade, e permite-nos reflectir e fazer reflectir quem nos lê.

Por que motivo decidiu associar a Hall Paxis a este evento?

Como pessoa “irrequieta” que sou, não concebo a minha actividade enquanto empresária, confinada ao facto de estruturar a vida da empresa e de quantos trabalham comigo, isolada do resto da sociedade. É minha convicção que cada um de nós, enquanto cidadão e enquanto empresário, tem a obrigação de fazer a sua parte, em articulação com a comunidade. Cada vez mais temos que nos capacitar que não somos ilhas, e que independentemente do ramo de negócio onde nos inserimos, as parcerias são cada vez mais o caminho. A interacção, a partilha de experiências e conhecimento, enriquece-nos, ajuda-nos a abrir o leque do pensamento, e a perspectivar os desafios que diariamente nos são colocados, de forma diferente. O facto de ter associado a Hall Paxis a este evento, vem precisamente confirmar a aposta nas parcerias, por mais improváveis que elas possam parecer. Sou incapaz de limitar a minha função de empresária apenas ao serviço de mediação imobiliária, sem que possa interagir com a comunidade noutras vertentes. Aliás, esta interacção iniciou-se em 2016, quando lançámos o nosso blogue, por onde têm passado imensas pessoas das mais variadas áreas, e que muito gentilmente têm acedido ao nosso desafio.

Depois da ideia, seguiu-se a escolha dos parceiros. Porquê a Chiado Editora e a Monte Novo e Figueirinha?

De facto a forma como a ideia surgiu, teve tudo a ver quer com a Chiado Editora, quer com o Monte Novo e Figueirinha, e foi tudo tão rápido e tão “improvável”, que este desafio tinha mesmo que ser realidade. Aconteceu em Dezembro passado na cidade do Porto, onde numa esplendorosa tarde de sol, e após ter percorrido a pé os inspiradores Jardins de Serralves na companhia da minha filha Rita, nos sentámos para almoçar na esplanada do Chiado Café Literário Porto. A escolha do local teve a ver com o facto de tanto eu como a Rita sermos autoras de textos inseridos na VII Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea, lançada em Outubro de 2016 pela Chiado. Estávamos ainda com uma memória muito “fresca” da cerimónia de lançamento, e cheias de projectos. Para acompanhar o almoço, foi-nos servido um excelente vinho branco ,bem fresco como se impunha, e que combinava na perfeição com o local, o clima e o nosso estado de espírito. Pareceu-me reconhecer o travo daquele vinho. Foi-me confirmado que se tratava de um vinho de Beja. Nada mais do que vinho do Monte Novo e Figueirinha. Uma gargalhada, um olhar cúmplice com a Rita, e … não, não podia ser por acaso que estávamos na esplanada da Chiado Porto, a degustar um Figueirinha branco, que nos refrescava, nos consolava a alma, nos restabelecia a energia, e nos desafiava o pensamento… Em menos de uma hora, a ideia estava delineada. Aliar a literatura aos vinhos, com o Alentejo como pano de fundo, numa parceria de 3 empresas, pareceu-me excelente. E obviamente, os parceiros escolhidos, só podiam ser a Chiado Editora e o Monte Novo e Figueirinha.

Acredita que este prémio veio para ficar e que ajudará a promover novos talentos na área da prosa e da poesia?

Naquilo que depender de nós, o prémio veio mesmo para ficar. A aceitação da ideia por parte dos autores tem sido muito boa, e foram já recepcionadas algumas centenas de textos. Existem muitos talentos, e creio não me enganar, se afirmar que o número de novos autores continua a aumentar, e que se assiste de novo a um interesse crescente pela literatura. É necessário que quem tem o “bichinho” da escrita o assuma, que se dê a conhecer, bem como as suas obras. Esta primeira edição “Do Mosto à Palavra” tem como tema o Alentejo. Sem dúvida, com tanto para dizer, para pintar pela palavra, para cantar a escrever, ou para viajar num imaginário sem limite.

 

 

 

 

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