1 de outubro é o Dia Mundial da Música! Para celebrar esta efeméride a Hall Paxis foi conversar com dois jovens talentos de Beja. São irmãos e ambos reconhecem que este amor maior é, em grande parte, uma influência familiar. Há já algum tempo que Bernardo e Eduardo Espinho decidiram trocar Beja pela cosmopolita capital portuguesa onde, como eles referem, “tudo acontece” no que às artes diz respeito. Eduardo Espinho tomou a decisão de despedir-se do banco onde trabalhava e rumou a Lisboa onde faz o circuito habitual das casas de música ao vivo, ao mesmo tempo que prepara um primeiro trabalho discográfico. O irmão, Bernardo Espinho (Buba para os amigos), seguiu-lhe as pegadas e agarra todas as oportunidades que surgem no circuito das casas de fado lisboetas. Também cantam pelo país fora e agora explicam-nos que amor é este pela música que os faz virar o mundo do avesso!
BERNARDO ESPINHO
Que significado tem a música na tua vida?
Desde pequeno que fui habituado a ouvir música. Aqui em casa tenho fotografias da altura em que a minha mãe estava grávida e ela encostava as colunas à barriga para que eu pudesse ouvir música, portanto, mesmo antes de nascer já ouvia música.
Este Dia Mundial da Música vai ser especial para mim e para toda a família uma vez que o meu pai vai reformar-se e, espero sinceramente, que este seja um momento que permita impulsionar a carreira dele.
Quais são as tuas referências no mundo musical?
O meu pai (Luís Espinho) e o meu irmão (Eduardo Espinho) são as minhas maiores referências! Talvez mais o meu irmão, pois a diferença de gerações reflete-se nos gostos musicais. O meu pai sempre gostou de ouvir jazz e blues e eu na minha juventude estava com mais vontade de escutar aquilo que os meus colegas e o meu irmão ouviam. E também porque temos tendência em ir atrás do irmão mais velho, por isso o Eduardo sempre foi uma grande referência musical. Depois tenho outras referências, pessoas que gosto muito de ouvir como António Zambujo e Ricardo Ribeiro.
O Bernardo Espinho consegue viver em exclusivo da música. Como é que foi possível chegar até aqui?
É preciso ter uma grande paixão por esta arte e, a par disso, uma grande dose de trabalho e de dedicação. Há meses muito bons, outros maus, mas vou aguentando sempre com vontade de fazer mais e melhor.
O Bernardo deixou a casa dos pais e foi viver para Lisboa em busca de mais trabalho e de novas oportunidades para cantar todos os dias. Neste momento estou a fazer o circuito das casas de fado, em Lisboa. O lançamento de uma carreira a solo passa muito pelo fado, pois obriga-me a ir para cima do palco sozinho, em nome próprio. Nunca me senti muito ligado ao fado mas, ultimamente, o meu interesse por esta forma de expressão tornou-se maior e, em Lisboa, encontrei um mundo maior, com coisas sempre a acontecer!
E o público? Que importância tem para o artista, para o Eduardo Espinho que sobe ao palco?
Considero que tem sempre que existir uma grande relação entre o cantor e o público, uma partilha que faça com que as pessoas se identifiquem com as nossas letras. No fundo há que criar um ambiente propício à partilha de sentimentos que são transversais a todos os seres humanos, pois cantamos o amor, a tristeza ou a alegria.
EDUARDO ESPINHO
O teu irmão já nos revelou que a música sempre esteve presente nas vossas vidas. É através da família que surge esta tua paixão?
Claramente. Lá em casa sempre ouvimos muita música e, mesmo que tenhamos seguido o trajeto normal da escola e das expetativas de trabalho futuro, foi-nos proporcionada formação musical e recebemos muitas influências familiares.
Comecei, por volta dos 8 anos, a aprender a tocar bateria com o falecido professor Zarcos e, posteriormente, e tendo em conta que a bateria era muito ruidosa para tocar em casa, acabei por me dedicar à guitarra, instrumento que continuo a tocar até hoje! Passei a minha infância e juventude a ouvir muitos discos do meu pai e tive a oportunidade de integrar a Tuna Universitária de Beja, experiência que me proporcionou o contacto com artistas com outras formações musicais.
Mais tarde fui trabalhar para uma instituição bancária e, em simultâneo, tive a oportunidade de conferir uma abordagem mais profissional à música. Por essa razão acabei por me despedir do banco onde trabalhava e vim para Lisboa à procura do meu sonho.
Quando o sonho de qualquer jovem adulto passa por encontrar um emprego estável e relativamente bem remunerado, pergunto-te se foi dolorosa a decisão de abandonar o banco e toda a estabilidade que ele te proporcionava?
Aquele cliché que nos é incutido socialmente de que a felicidade passa por ter um circuito de vida que inclui trabalho, a casa, a escola e os filhos nem sempre é sonho de vida de todos. Eu fui um funcionário bancário competente mas havia qualquer coisa que me impedia de estar cem por cento realizado e, quando comecei a ter solicitações mais frequentes na área da música comecei a entender que de facto era isto que eu queria fazer. A decisão mais difícil foi abandonar a terra onde tenho os meus amigos desde a infância e a família. Outra das decisões difíceis foi redigir e entregar a carta de despedimento, quebrando aquelas barreiras sociais que nos impomos e nos são impostas.
E como está a correr a concretização desse sonho?
Nem sempre é percurso fácil, uma vez que a busca daquilo que tu realmente queres fazer é sempre um processo demorado. Todos os dias tenho contacto com pessoas novas, com novas influências, com culturas que não conhecia que nos apresentam novas abordagens musicais. No fundo a nossa personalidade musical está em constante mutação, o que significa que vais sendo obrigado a fazer alguns balanços daquilo que te está a acontecer enquanto musico e compositor.
Ao nível de trabalho estou a conseguir realizar os circuitos habituais que permitem aos músicos pagar as suas contas. No meu caso estou a referir-me aos bares de musica ao vivo em Lisboa e por todo o país.
Em paralelo estou a compor material para conseguir editar um trabalho de originais.
Com que projetos te apresentas para esses concertos?
Tenho vários projetos de covers com os quais faço grande parte do circuito dos espaços de música ao vivo, mas também acompanho outros artistas em palco.
Fala-nos das tuas influências musicais...
São bastantes as influências, até porque todos os dias tento encontrar coisas novas. Ultimamente, estou a ser muito surpreendido pela nova música soul, hip hop, funk, anda muito por aí...
E quando poderemos apreciar o teu primeiro trabalho discográfico?
Está para breve, porque sinto que agora tenho alguma maturidade e já alcancei uma identidade cultural e artística para conseguir apresentar ao público um primeiro trabalho homogéneo e capaz de refletir aquilo que tenho vindo a aprender nos últimos tempos. Já estou a trabalhar nesse projeto em estúdio mas ainda não posso definir o momento para o lançamento desse álbum.
27 de setembro é o Dia Mundial do Turismo. O Alentejo é agora uma região que começa a captar o interesse de turistas de todo o mundo, ao mesmo tempo que vê o mercado nacional a interessar-se pela tranquilidade das paisagens a perder de vista e pela capacidade de bem acolher os forasteiros, que tão bem caracteriza o povo desta região.
Neste Dia Mundial do Turismo fomos conversar com Paula Mira, arquiteta de profissão e uma das maiores impulsionadoras do agroturismo Xistos que abriu portas em março passado e que fica localizado em plena Herdade Monte da Ponte (há mais de um século na família), junto à Ribeira de Terges e Cobres, a vinte quilómetros de Beja e a trinta quilómetros de Mértola.
Embora muito recente, o projeto já recebeu o galardão internacional Green Key. O turismo rural Xistos é um sítio que nos obriga a desligar do reboliço da cidade e a valorizar um arrepiante por do sol que ao longe namora com as searas!
Nos Xistos a nossa sensibilidade é posta à prova perante uma natureza desarmante!
Aliada às paisagens e a uma verdadeira incursão pela biosfera, “os amigos dos Xistos” – forma carinhosa de tratar os clientes - têm ainda à sua espera Paula Mira, uma mulher apaixonada pela terra que a viu crescer. Uma paixão que quer agora dividir com todos! Xistos são vida! Xistos são momentos!
Este projeto de turismo rural está a celebrar o seu primeiro aniversário. Fale-nos sobre a história deste espaço e sobre esta vontade de transformar um sítio predominantemente vocacionado para a agricultura e pecuária, num espaço turístico em meio rural…
Ao olhar para este território compreendi que ele poderia ser um destino turístico. Estamos num território entre Beja e Mértola, onde o montado de azinho é bastante presente e onde o pastoreio em extensivo é uma marca que a minha família sempre trabalhou, sobretudo o meu pai, que sempre foi produtor de carne alentejana. O meu pai foi um acérrimo defensor das espécies autóctones e educou-me nesse sentido, no sentido de acreditar nas potencialidades do território.
Esta herdade está na vossa família há quantas gerações?
Há quase cem anos. O projeto de agro turismo dos Xistos só existe porque temos esta natureza envolvente! Estou a referir-me à paisagem, ao bosque e à ribeira de Terges e Cobres. A minha ideia inicial prende-se com a necessidade de partilhar com o mundo esta beleza natural, o que só foi possível concretizar através da abertura deste espaço de turismo rural.
A Paula Mira é arquiteta de formação. Pode falar-nos sobre a solução desenhada para o projeto dos Xistos?
Pretendi que a arquitetura fosse insignificante perante a natureza que nos rodeia. Compreendemos facilmente que existem três paredes brancas mais altas que rodeiam o telhado e a utilização de telhas, num profundo abraço simbólico ao Alentejo. Além disso existe uma parede em xisto bastante notória, quando se entra, e que liga a casinha de telhado tradicional a um outro bloco de laje direita que representa o modernismo. Podemos sempre ser felizes se conjugarmos a tradição e a atualidade. O mesmo acontece com a decoração, marcada pela existência de objetos de família muito antigos e que ficaram guardados em baús. Estou a referir-me, por exemplo, a estra tropeça onde era feita a matança do porco, das peneiras, da queijeira, da mesinha de cabeceira da Tia Aninhas, do baú que ia a caminho do Algarve nas férias no carro de mulas, entre muitos outros objetos recuperados que convivem com outros tantos adquiridos em lojas modernas e que surgem contextualizados no espaço.
Qual é a capacidade de alojamento?
Quando estamos lotados podemos chegar às 18 pessoas.
Começaram a receber os primeiros hóspedes em março passado. Qual é o perfil dos turistas que vos visitam?
Este espaço físico não é nenhum hotel, é a casa de campo de quem nos visita! São os nossos amigos, os amigos dos Xistos!
E as pessoas de Beja conhecem os Xistos?
Esse é um dos nossos grandes desafios, cativar os turistas de Beja. São tão acarinhados comos os que chegam de longe, pois este é um espaço para todos! O turista de cá não precisa de dormir para poder usufruir do passeio, do céu, do bosque…
Quando os clientes (ou os amigos dos Xistos) aqui chegam, é fácil pedir-lhes para desligarem o botão que os ligam ao reboliço da cidade para os conectar com as maravilhas da paisagem?
Normalmente é instantâneo. Quando chegam ao final da tarde, mesmo antes de me apresentar, peço-lhes para que larguem as malas e que venham assistir ao magnífico por do sol. A seguir são eles que me perguntam qual é a próxima experiência transcendental (risos).
Os Xistos oferecem a quem visita experiências de turismo de natureza difíceis de repetir noutros locais. O bosque é um espaço imperdível…
O bosque é um espaço genuíno, numa zona onde não há agricultura. Há ali uma espécie de micro clima especial, onde é agradável estar mesmo com temperaturas acima dos 40 graus. Levamos um chá fresco, histórias para partilhar e podemos ficar apenas a contemplar a natureza. O bosque é uma das nossas moletas para assegurar a atividade ao longo de todo o ano. Dependendo da época em que estamos é possível realizar a apanha da murta (planta aromática de médio porte), visualizar e identificar cogumelos, apanhar sementes na primavera ou ouvir os pássaros de inverno…
As famílias também gostam de calçar as botas de borracha e ir plantar espécies. Xistos é a vida. Xistos são momentos e experiências!
A herdade é atravessada pela ribeira de Terges e Cobres, também ela com um enorme potencial para o turismo de natureza. O que está a ser feito nesta área?
Xistos oferece biodiversidade. Aqui há uma biodiversidade muito grande, tanto ao nível de animais selvagens, insetos, repteis, plantas, fungos, estrelas, céu e por aí fora… Estamos a ser confrontados com a necessidade de trabalhar estas novas ofertas, mas será para toda a gente e não apenas para o turista dinamarquês que paga o alojamento!
Que outras experiências oferecem a quem vos visita?
A nossa ideia passa por alavancar outras empresas com atividades distintas e que ajudem a criar momentos em turismo de em espaço rural. Neste clima de parcerias, disponibilizados momentos de turismo em espaço rural, aulas de yoga, BTT, passeios de balão, workshops de mantas alentejanas, disponibilizamos gastronomia, existindo também a possibilidade de serem feitas massagens com óleos essenciais. Mas também proporcionamos workshops de germinação e estacaria, onde ensinamos a apanhar a semente, a fazê-la germinar e depois como fazer a estacaria.
Mal abrimos as nossas portas fomos distinguidos com o galardão Green Key que visa premiar as boas práticas ambientais, capazes de reduzir os impactos negativos do turismo e os custos com o consumo de recursos naturais. Este galardão surge devido à nossa vontade em adotar práticas que ajudem a reduzir os consumos de energia, mas também por todo o respeito que temos pela natureza.
Localização e contactos do agroturismo Xistos:
Herdade Monte da Ponte, EN 122 – Km 18 Trindade, Beja, Alentejo, PORTUGAL
13 de Setembro é o Dia Mundial do Agrónomo. Para assinalar esta efeméride a Hall Paxis foi conversar com um dos mais bem sucedidos jovens agrónomos nacionais. O nosso convidado de honra é Henrique Silvestre Ferreira que integra o projeto do Vale da Rosa, no concelho de Ferreira do Alentejo, tendo sido distinguido com o “Projeto Mais Inovador da Europa”, atribuído pelo Parlamento Europeu.
A Herdade Vale da Rosa é um projeto agrícola com 40 anos de história. Contudo, regista nos últimos anos um crescimento extraordinário, aliado a uma grande aposta na promoção e visibilidade da marca.
O que mudou nestes últimos anos? Que novos projetos são responsáveis por esta alteração de paradigma?
Falar da Vale da Rosa, mais do que falar de uma Empresa, é falar de um projeto exigente mas acima de tudo apaixonante.
A Herdade Vale da Rosa está localizada no concelho de Ferreira do Alentejo, no centro do triângulo do desenvolvimento da região: o Alqueva, o Aeroporto e o Porto de Sines. Temos, sem dúvida, uma localização geo-estratégica privilegiada.
Produzimos Uvas de mesa, de elevada qualidade, numa área de 230ha, sob cobertura de plásticos e redes, e em sistema Pérgola, desfrutando das excelentes qualidades naturais que o Alentejo oferece para produzir agricultura rica regada.
As coberturas não só protegem as vinhas de uma eventual intempérie, como também nos permitem antecipar e prolongar o período da colheita.
A existência da marca é de facto um motivo de grande diferenciação uma vez que na atividade agrícola não encontramos marcas. Esta realidade faz com que o desafio ainda seja maior.
A sua juventude e vontade de inovar também são responsáveis por este processo…
Na realidade estamos todos muito motivados… O meu pai fez uma bonita empresa e concretizou um projeto que a todos nos dignifica. Temos também uma vasta equipa muito comprometida. Todos estes ingredientes fazem são razão de sucesso. Naturalmente que temos que ter um bom produto… e as Uvas do Vale da Rosa são de facto extraordinárias. Somos quatro irmãos e três já trabalhamos Na Vale da Rosa. Eu e o meu irmão temos cada um de nós um projeto agrícola que está a correr muito bem.
A minha formação de base é agronomia. Sou Eng. Agrónomo mas antes se ser engenheiro sou agricultor…sempre vivi dentro da agricultura. A minha família tem uma tradição secular na atividade agrícola e em particular na produção das uvas de mesa sem grainha. O sucesso não depende só de mim… Todos somos importantes. No entanto, o facto do meu Pai nos ter feito herdeiros deste amor à atividade é muito importante uma vez que se vê continuidade no projeto.
Foram feitas apostas estratégicas, sendo que a produção de uva sem grainha será um dos casos mais emblemáticos, sobretudo pela novidade. Estamos a falar de um produto 100 por cento natural? Como se produz este tipo de uva?
Sim… as Uvas sem grainha são 100% um produto natural!
Sempre consumimos uvas sem grainha, muitas vezes sem nos darmos conta que estamos a consumir.
As passas dos bolos São uvas sem grainha. A sua produção é mais complexa porque obriga a um maior investimento em mão de obra e a sua produção por ha é menor!
O Parlamento Europeu entregou-lhe o primeiro prémio do “Projeto Mais Inovador da Europa” devido a esta aposta na uva de mesa sem grainha. Que peso tem esta distinção para si, pessoalmente, e para a Herdade Vale da Rosa?
Há cerca de dois anos, por ocasião da feira de Santarém, tive a grande alegria de ser distinguido com o prémio de melhor jovem agricultor de Portugal. Esta iniciativa, promovida pela CAP e com o apoio do Distinto eurodeputado Dr. Nuno Melo, teve como finalidade reconhecer jovens agricultores e os seus projetos. Para mim foi um grande orgulho pessoal e um grande incentivo a continuar. Este reconhecimento é a prova de que a agricultura é possível e que não só eu mas os jovens agricultores têm um papel fundamental neste sector que já esteve deprimido mas que agora parece ser um grande motor de esperança para a economia e essencialmente para Portugal.
Este prémio teve repercussões a nível europeu na medida em que o projeto que apresentei candidatou Portugal ao melhor jovem agricultor da europa, prémio este que também tive a felicidade de trazer para Portugal. Foi um momento único porque também senti o peso da responsabilidade e a honra que tive em representar Portugal e todos os jovens agricultores de Portugal. Esta grande alegria foi partilhada pelo vale da Rosa uma vez as uvas que eu produzo na minha propriedade são as uvas comercializadas pela vale da Rosa.
Vai ser possível produzir uva com sabor a algodão doce. Este será um dos projetos prioritários para si?
Estou convencido que a agricultura de hoje não pode nem deve estar alheia à inovação. Este facto é essencial para a agricultura. Temos que estar mais próximos dos centros de investigação das universidades. Tenho aprendido com o meu Pai que o investimento que fazemos em tecnologia é sempre barato! Pois permite-nos estar sempre na vanguarda da inovação. Na minha vinha tenho essa experiência. Hoje a estrutura que tenho na vinha permite que os plásticos sejam reciclados e assim tenho uma produção mais amiga do ambiente. É indispensável que a agricultura tenha políticas assertivas com vista ao desenvolvimento sustentável. As boas práticas agroambientais são indissociáveis da agricultura moderna. O facto de eu ter contacto com outras experiências no estrangeiro, nomeadamente, no Chile, Brasil, Itália, Inglaterra, Espanha tem permitido que eu conheça outras visões e outras formas diferentes de trabalho.
As uvas com sabor a algodão doce como outros sabores que irão aparecer é um bom exemplo da conjugação harmoniosa entre a inovação e a agricultura. Precisamos muito de surpreender o mercado… é o que tentamos fazer todos os dias!
Do ponto de vista estratégico foi anunciada, no início do ano, a intenção de duplicar o número de hectares de vinha (passar de 250 hectares para os 500), justificada pela vontade de aproveitar a água de Alqueva. Em que fase se encontra esse processo? Qual é a sua implicação do ponto de vista do investimento financeiro?
A ambição e necessidade da Vale da Rosa é Crescer.
Temos essa ambição e iremos concretizar. O processo está a ser estudado em todos os níveis, quer no investimento, quer no impacto social que trará para a região quer também os novos mercados que iniciaremos em consequência do aumento da produção.
Gostaria que, de forma breve, nos explicasse a importância do mercado nacional e do internacional para a vossa empresa.
O nosso principal mercado é o mercado nacional. É no nosso pais que somos conhecidos.
O ano passado exportámos 35% da nossa produção e os restantes 65% foram consumidos no mercado nacional.
Apreciando o vosso crescimento empresarial é possível concluir que o sucesso dos agricultores do século XXI está fortemente ligado à capacidade de inovação do produto que é oferecido aos consumidores. Concorda?
Sim … é uma afirmação certíssima mas não só temos que ter inovação como também temos que ter pessoas motivadas e sobretudo estarmos apaixonados pelo aquilo que fazemos!
Setembro é um mês que cheira a livros novos e cadernos por estrear! A Hall Paxis resolveu associar-se às famílias alentejanas colocando em passatempo duas mochilas espetaculares para que as suas crianças se sintam felizes e motivadas com mais um ano letivo. O Passatempo Regresso às Aulas Hall Paxis coloca a sorteio duas mochilas. Uma delas é destinada a crianças que frequentam, ou que iniciam este ano, o primeiro ciclo do ensino básico. A este grupo etário propomos que elaborem um desenho sobre o regresso à escola, que fotografem o desenho e que se candidatem à mochila publicando a obra na caixa de comentários abaixo (página oficial da Hall Paxis no Facebook). A outra mochila a passatempo destina-se aos estudantes do segundo ciclo do ensino básico. Desafiamos estes alunos a construírem um pequeno texto sobre as suas expectativas de regresso às aulas. Os textos devem ser relativamente curtos e publicados na nossa página oficial do Facebook, na caixa de comentários do passatempo Regresso às Aulas com a Hall Paxis.
Os trabalhos artísticos devem ser submetidos a passatempo até ao dia 15 de setembro.
Desafiamos assim as famílias a sentarem-se no sofá da sala e a puxarem pela criatividade!